Um aposentado grego
de 77 anos suicidou-se na Praça Syntagma , a Praça da Constituição, em frente ao
parlamento, perante o desespero causado pela calamidade em que a Grécia vive.
Para todos os cidadãos do mundo, deixou uma pequena carta que aqui transcrevo:
"O Governo de
Tsolakoglou aniquilou qualquer possibilidade de sobrevivência para mim,
que tinha como base uma pensão muito digna que paguei, por minha conta, sem
qualquer ajuda do Estado, durante 35 anos. E dado que a minha idade avançada
não me permite reagir de forma diferente (mas se um compatriota grego pegasse
numa Kalashnikov, eu apoiá-lo-ia) não vejo outra solução a não ser acabar com a
minha vida deste modo digno, para não ter que terminar rebuscando nos
contentores do lixo, para poder sobreviver. Creio que os jovens sem futuro vão um dia ter que pegar em armas e pendurar de cabeça para baixo os traidores deste país
na Praça Syntagma , como os italianos fizeram com Mussolini em 1945. "
Dá muito que pensar, não dá?
Entretanto, o
ministro das finanças alemão, Wolfgang Schäuble, veio dizer que as críticas que a imprensa
grega tem dirigido à Alemanha são "normais" nos países que viveram
acima das suas possibilidades e que, depois, pretendem culpar os outros.
Resta concluir que há
algo de profundamente errado entre o discurso deste senhor e o desespero que
reina na Grécia. Que terá feito aquele senhor, e os gregos em geral, para merecerem
tal destino? Nada! Simplesmente, a economia ultra liberalizada faz com que
"o justo pague pelo pecador". A pergunta que fica no ar é - Até
quando?
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