O que este Governo faz é muito semelhante. Face às evidências de um país que a cada dia que passa se apresenta mais degradado, os nossos governantes mantêm um discurso completamente desfasado da realidade, insistindo em políticas que aceleram a degradação de Portugal. Tão inconscientes são os empregados da Madame la Marquise, como o Governo que nos desgoverna.
Contudo, felizmente, como escreveu o poeta Manuel Alegre, “mesmo na noite mais triste, em tempo de servidão, há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não”. Constatámos precisamente isso no dia 15 de Setembro de uma forma histórica, num dia em que, como cantou Zeca Afonso, o povo saiu à rua.
Constatámos isso também no dia 5 de Outubro, o dia da nossa República, através da organização do Congresso das Alternativas na Universidade Clássica de Lisboa, reunindo um conjunto significativo de personalidades de todo o país. Ali foram discutidos, ao longo de um dia inteiro, diversos temas relacionados com as nossas vidas, onde a palavra foi entregue a quem quisesse acrescentar algo aos debates.
Na emblemática Aula Magna da Clássica, lotada de cidadãos activos e preocupados com o estado do país, levantaram-se diversas vozes, conhecidas e anónimas, em nome de um Portugal melhor, ou seja, em nome de uma vida melhor para os portugueses. Lá estavam homens e mulheres partidários e apartidários, integrados em movimentos sociais ou não, estudantes e reformados, trabalhadores e desempregados, todos em nome de uma única coisa – Dignidade!
Publicado no jornal online "ptjornal", em 07/10/2012
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