Conforme o expectável, François Hollande
derrotou Nicolas Sarkozy, tendo tido, segundo se diz, a preciosa ajuda do
anti-sarkozismo. De facto, as políticas plutocráticas anunciadas e praticadas
por um indivíduo profundamente arrogante, geraram um sentimento de ódio e de
raiva em muitos franceses, como se viu na forma como foram comemorados os
resultados das eleições.
Ficaremos atentos à governação de
Hollande, cujo sucesso da mesma para além de ser importante para os franceses e
para os europeus, será fundamental para relançar ou afundar a credibilidade dos
partidos socialistas europeus. Para já, teremos que nos contentar com o fim de
Sarkozy à frente dos destinos de França, uma notícia positiva para todos os
europeus, excepto para Angela Merkel e para os entusiastas da austeridade.
François Hollande comprometeu-se com
muita coisa. Mas o principal compromisso que terá obrigatoriamente que cumprir
será enfrentar a Chanceler alemã e acabar com a sua política europeia,
responsável pelo rumo dos acontecimentos
de uma Europa que está à mercê do
advento de extremismos, como se constata através dos resultados alcançados por
Marine Le Pen em França e pela Aurora Dourada na Grécia, um partido que se
assume como fascista-nazi.
Assim, Hollande representa a esperança
de um novo ciclo para a Europa. Oxalá tenha o carácter, a personalidade e a
força interior para enfrentar e vencer os grandes desafios que tem pela
frente.
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